ABSTRACT
A possível presença de movimentos cadavéricos após o diagnóstico de morte encefálica, por vezes noticiada equivocadamente como retorno à vida, pode suscitar na população dúvidas quanto à capacidade do protocolo preconizado determinar o óbito de uma pessoa. Estudos eletrofisiológicos e relatos de caso comprovam a existência e até mesmo a exacerbação de reflexos medulares após a morte encefálica, os quais não invalidam seu diagnóstico. Conhecê-los, portanto, é fundamental para orientação de familiares e da própria equipe de saúde, enaltecendo, desse modo, a especificidade do método utilizado para determinação da finitude da vida
The existence of cadaveric movements after the diagnosis of brain death is sometimes mistakenly reported as return to life. In general population, it may raise doubts about the capacity of brain death protocol really diagnose patient´s death. Electrophysiological studies and cases reports can prove not only their existence, but also the exacerbation of these medullary reflexes after brain death, which do not invalidate the diagnosis. Therefore, their knowledge is essential for the health care and families guidance, praising the specificity of the method used to determine life´s finitude